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Guia de Tráfego: a autorização essencial para o transporte de armas de fogo

12 MAI 2025

Entre as obrigações do Colecionador, Atirador Desportivo ou Caçador (CAC), poucas exigem tanta atenção quanto o transporte de armas. 

Diferente do porte, que autoriza o uso imediato da arma, o transporte está vinculado a normas rigorosas, cuja principal exigência é a obtenção da Guia de Tráfego (GT). 

Mais do que um documento, a GT é o que separa o cumprimento da lei de um possível enquadramento criminal.

O que é e para que serve a GT?

Emitida pelo Exército Brasileiro, a GT é a autorização oficial para deslocar armas de fogo entre locais previamente determinados — como o trajeto entre a residência do CAC e o clube de tiro, por exemplo. É importante ressaltar que não autoriza o porte ostensivo nem o transporte com a arma pronta para uso.

A GT exige que a arma esteja desmuniciada, separada da munição, e acondicionada com segurança. O documento deve estar sempre disponível, seja impresso ou digital, para apresentação imediata em caso de fiscalização.

Quando a GT é obrigatória?

A GT é indispensável toda vez que a arma sai do local de guarda autorizado. Situações comuns incluem:

  • Treinos ou competições em estandes de tiro;

  • Envio de armamento para manutenção com armeiro autorizado;

  • Participação em ações de manejo de fauna exótica com respaldo legal;

  • Transferência de local de guarda do acervo, mesmo temporária.

A validade da GT varia conforme o tipo de deslocamento — de eventos únicos a autorizações recorrentes com prazo de até um ano.

Como emitir a GT corretamente?

A solicitação é feita online, nos sistemas das Regiões Militares. Para ser aprovada, é necessário:

  • Ter CR e CRAF válidos;

  • Manter o endereço do acervo atualizado;

  • Apresentar documento que justifique a atividade (ex: inscrição em campeonato, ordem de serviço, autorização ambiental).

Erros no preenchimento ou falta de comprovação podem impedir a emissão ou invalidar o transporte.

Regras práticas para o transporte

Mesmo com a GT em mãos, o transporte deve seguir padrões específicos:

  • A arma não pode estar carregada nem acessível durante o trajeto;

  • A munição deve ser acondicionada separadamente;

  • O trajeto deve ser direto, sem paradas desnecessárias ou desvios;

  • O armamento deve estar guardado em estojo ou case apropriado.

Esses cuidados reforçam a segurança e evitam interpretações equivocadas por parte das autoridades fiscalizadoras.

Penalidades para quem descumpre a norma

A negligência no transporte de armas pode gerar sérias consequências:

  • Apreensão imediata do armamento;

  • Suspensão ou cancelamento do CR;

  • Indiciamento por porte ilegal de arma, com pena de reclusão;

  • Risco de perder o direito de continuar exercendo a atividade de CAC.

Portar uma arma carregada durante o transporte, mesmo com documentação válida, é uma infração grave que pode invalidar toda a legalidade conquistada.

Conclusão: legalidade é proteção

A loja Comercial Domingues, de Belo Horizoonte (MG), reitera que a Guia de Tráfego não é apenas um requisito burocrático — é um elemento essencial da atividade responsável com armas. Transitar com armamento dentro da lei exige conhecimento técnico e respeito à legislação vigente.

O CAC que compreende isso protege não apenas sua segurança jurídica, mas também a imagem de todo o segmento do tiro esportivo e da atividade legal com armas no Brasil.

Para saber mais sobre transporte de armas, acesse:

https://areacac.com.br/guia-de-trafego-para-armas-de-fogo-cac/

https://www.gov.br/pt-br/servicos/emitir-guia-de-transito-para-o-transporte-de-arma-de-fogo


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