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Quer praticar tiro esportivo? Veja como se regularizar e evoluir no esporte

23 ABR 2025

O tiro esportivo é muito mais do que acertar o alvo: trata-se de uma atividade que demanda concentração, técnica refinada e absoluto respeito às regras de segurança.

No Brasil, a prática é regulada por normas específicas, e para entrar nesse universo de forma legalizada, é necessário seguir uma série de procedimentos.

Neste guia da loja Comercial Domingues, de Belo Horizonte (MG), você encontra todas as etapas para dar os primeiros passos como atirador esportivo regularizado.

1. CR: o documento que dá acesso ao esporte

O Certificado de Registro (CR) é o ponto de partida obrigatório para quem deseja praticar o tiro esportivo de forma legal. Emitido pelo Exército Brasileiro, ele autoriza o praticante a adquirir armas, munições e frequentar clubes de tiro dentro da lei.

Para obtê-lo, é preciso atender aos seguintes requisitos:

  • Ter mais de 18 anos de idade;

  • Ausência de antecedentes criminais;

  • Aprovação em testes de aptidão psicológica e técnica;

  • Estar vinculado a um clube de tiro credenciado.

Com o CR em mãos, o interessado passa a ser, oficialmente, parte da comunidade esportiva armada.

2. Compra e regularização de armamento

Após a emissão do CR, é possível solicitar a autorização para compra de armas de fogo, o que, por sua vez, está condicionado à idade mínima de 25 anos. Toda arma adquirida deve ser registrada junto ao Exército e vinculada ao CR do atirador.

Com a atualização trazida pelo Decreto nº 11.615/2023, o prazo de validade tanto do CR quanto do CRAF (Certificado de Registro de Arma de Fogo) passou a ser de três anos, exigindo atenção quanto à renovação.

3. Guia de Trânsito: legalizando o deslocamento

O transporte de armas entre a residência e os locais de prática é permitido somente com a Guia de Trânsito (GT). Esse documento também é expedido pelo Exército e deve estar sempre válido durante os deslocamentos.

A validade da GT varia conforme o tipo de atividade:

  • Treinos regulares: até 1 ano de validade;

  • Competições oficiais: até 30 dias.

Sem esse documento, o transporte de armas configura infração grave e pode comprometer o CR do atirador.

4. Níveis de progressão no esporte

O desempenho e a frequência nos treinamentos e competições definem a evolução do praticante nos quatro níveis do tiro esportivo, cada um com diferentes permissões de armamento:

  • Nível 1: participação mínima de 8 eventos/ano → até 4 armas;

  • Nível 2: 12 treinos + 4 competições/ano → até 8 armas;

  • Nível 3: 20 treinos + 6 competições/ano → até 16 armas, sendo 4 restritas;

  • Nível 4: atuação em nível nacional, com filiação a confederações → até 8 armas de calibre restrito.

Essa hierarquia permite que o atirador cresça no esporte de forma gradual, segura e legalmente controlada.

5. Recomendações para iniciantes

Quem está começando deve seguir alguns conselhos fundamentais:

  • Pesquise bem antes de escolher um clube: ele será sua base técnica e legal.

  • Treine com regularidade, desenvolvendo precisão e segurança.

  • Esteja atento às mudanças legais, que podem impactar diretamente sua atividade.

  • Participe de competições, fundamentais para progressão nos níveis e evolução como atirador.

Encerrando: regularidade, treino e dedicação

Tornar-se um atirador esportivo no Brasil é um processo que exige comprometimento com a legalidade, responsabilidade e constância nos treinos.

Cumprindo todas as exigências, o praticante poderá não apenas desfrutar da modalidade, mas também evoluir tecnicamente, competir em alto nível e fazer parte de uma comunidade esportiva respeitosa e disciplinada.

Se você deseja entrar nesse universo, comece regularizando sua situação, busque orientação em um clube confiável e abrace o tiro esportivo com seriedade e entusiasmo.

Para saber mais sobre a categoria de atirador esportivo, acesse: 

https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/07/21/governo-divulga-decreto-que-restringe-o-acesso-de-civis-a-armas-e-municoes-veja-novas-regras.ghtml

https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/cacs-como-era-e-como-ficou-apos-decreto-do-governo-lula-com-restricoes-as-armas/


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